Resenha - A Dama de Papel

18:17



Hey Mentes, tudo bem? Espero que sim. A resenha de hoje é de A dama de papel, um dos melhores livros que li esse ano, não por ele ser um livro erótico, mas pela critica social embutida nele, pela escrita envolvente da autora e muito mais, confiram a resenha! 
Autora: Catarina Muniz
Editora: Universo dos livros
Páginas: 256 
Classificação: 5/ 5 

Sinopse: Localizado na zona periférica de Londres em meados do século XIX, o bordel de Molly está sempre repleto de fregueses: ricos e pobres, magnatas e operários. O que nenhum deles sabe - nem mesmo as outras trabalhadoras do estabelecimento - é que a dona do prostíbulo optara por ser "mulher da vida fácil" após fugir de um casamento forçado, abrigando-se nas entranhas de um cortiço na busca indelével por liberdade.
Certa vez, no entanto, Molly é inebriada pelas propostas de um cliente: Charles O'Connor, o herdeiro de um império têxtil, deseja que ela seja somente sua. Molly, arrebatada pelas sensações provocadas pelo novo amante, se vê obrigada a questionar o modo de vida que conduzira com orgulho até então, além de testar os limites da liberdade obtida a duras penas.
Entregues à avassaladora paixão e à incrível química sexual que os unem, Molly e Charles precisarão enfrentar as represálias que os unem, Molly e Charles precisarão enfrentar as represálias sociais e a moral conservadora da época para dar continuidade a este amor proibido. Mas terão de pagar um preço alto por suas decisões.

 RESENHA: A Dama de Papel ......... Um livro que vai te fazer rever os conceitos. 
A dama de papel não é só mais um romance erótico, na verdade ouso dizer que as partes eróticas são apenas um aperitivo para um enredo magnifico. A dama é um livro sobre escolhas e as consequências de nossos atos. 

  Um livro sobre liberdade a tão sonhada LIBERDADE. 
Molly é a dona de um prostibulo na zona periférica de Londres no século XIX, um local onde os cavalheiros da época procuram ousadia e diversão com belas mulheres, de magnatas a simples operários todos na região já ouviram falar na bela Molly, diferente de outras garotas ela escolheu ser prostituta para se livrar de um casamento forçado com um velho rico, Molly almeja acima de tudo a Liberdade, e em um casamento forçado ela jamais o teria. 

''-Porque eu jamais aceitei esse destino! Nunca fui simpática à ideia de ser uma moça nobre, cercada de servos, riquezas, limites alheios e frustrações! Nunca me afeiçoei à possibilidade de me esconder à sombra de ninguém, em especial de um homem, um marido. Sempre quis viver para mim mesma, à minha maneira.''

  O cavalheiro Charles O´ Connor se vê perdidamente encantado pela bela Molly, até o momento apenas a conhece pelas histórias que seus amigos contam, ele jamais cogitou a possibilidade de se envolver com alguém como Molly, afinal ele tem uma bela casa, uma esposa amorosa e compreensível e dois filhos lindos, mas falta emoção para o jovem Charles. 
  Movimento por um impulso ele se encontra no bordel de Molly, após seu primeiro encontro com a dama tudo muda. Ele faz um proposta irrecusável a ela, durante trinta dias ela se deitara apenas com ele. 

  Entre cenas quentes de amor, uma paixão proibida e avassaladora se inicia. Charles fara com que Molly questione seu modo de viver, seus desejos e suas paixões. 

  Do outro lado da história temos Katherine a boa esposa, infeliz, presa por conceitos da sociedade, ela sabe que vive um casamento de fachada, e se encontra perdidamente encantada por..... é spoiler (OMG OMG) Katherine, Molly, alguém e Charles precisam enfrentar as represálias da sociedade para conseguirem  ficar juntos. 

   Ainda não superei esse livro. Catarina Muniz, me fez ter uma nova visão sobre as damas de papel tão presentes em nossa sociedade, não é uma história só sobre Molly é sobre todas as mulheres que vendem seus corpos, seja por Liberdade, ou por falta de opção. 
Me senti sufocada por esse livro, ele é tão real que chega a ser assustador, a moral conservadora da época está tão presente nos dias atuais que fiquei assustada, a crítica social está encubada na história e Catarina conseguiu passar a mensagem perfeitamente. 
  Eu fiquei com o coração apertado, eu queria voltar no tempo, queria poder salvar Molly de sua busca incansável por liberdade, mostrar que ela está em uma enorme gaiola e que só vai voar até certa altura e depois vai cair.... é exatamente assim que o leitor vai se sentir, você vai voar, vai conhecer cenários e pessoas que são reais e no final você vai cair, em uma queda livre e não sabe o que tem embaixo. 

  O romance entre Katherine e alguém também me fez questionar até onde devemos nos sacrificar pelo bem do outro, ela está infeliz, mas precisa manter as aparências por causa da sociedade, afinal o que suas amigas diriam, seus pais. 
Já Molly, como sair dessa vida onde ela tem liberdade de ir e vir, de usar seu corpo como bem quer? 

  O enredo é fantástico, a narrativa em terceira pessoa está primorosa e consegue passar cada sentimento, cada toque. 

''- Sim, Molly. É você a minha dama. A dama cuja corpo, pele, lábios e saliva me envenenaram de tal maneira que já não venho até aqui ao seu encontro, mas ao encontro de mim mesmo.''

  Uma leitura que flui fácil, que vai deixar o leitor pensando no livro por horas, vai fazer com que ele cogite outros finais. A dama de papel, vai partir o seu coração e mesmo assim você vai amar, amar e amar. 

 A autora me surpreendeu muito ao longo do livro, estou louca para ler seus próximos livros. 



Até a próxima abraços literários.

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1 comentários

  1. Olá, não conhecia esse livro gostei muito da sua resenha!!!

    www.mundofantasticodoslivros.blogspot.com

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